Gosta de comer e beber em excesso? Pode ser culpa dos genes
Os ocidentais estão programados para ser gordos e beber álcool em excesso?
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, garante que a resposta é afirmativa, baseando-se em um estudo comparativo do material genético de europeus e asiáticos.
De acordo com os cientistas da Escócia, as pessoas do Ocidente estão programadas geneticamente para consumir mais alimentos gordurosos e beber mais álcool que as do Oriente.
Segundo uma pesquisa universidade, no DNA dos europeus funciona um “interruptor de luz genético” que fomenta o consumo de alimentos ricos em gorduras e bebidas alcoólicas.
A suposta responsável por estas inclinações alimentícias ocidentais é a galanina, uma substância que desenvolve seu trabalho no hipotálamo do cérebro, mais exatamente no denominado ‘centro do apetite’.
O “interruptor de luz” genético descoberto em Aberdeen é um fragmento de DNA que “acende” e “apaga” os genes nas células, em particular o gene da galanina.
Segundo o professor Alasdair Mackenzie, do departamento de Ciências Médicas da universidade e autor principal do trabalho, esta intersecção genética “controla áreas do cérebro que nos permitem selecionar os alimentos que gostaríamos de comer e se acende excessivamente temos mais probabilidades de sentir vontade de consumir alimentos gordurosos e álcool”.
A galanina “é produzida em uma área do cérebro que controla o medo e a ansiedade, e por isso as mudanças nos níveis deste neuropeptídio afetam o estado emocional da pessoa”, explicou Mackenzie.
Os especialistas descobriram que a galanina da população europeia funciona demais em comparação com os habitantes de outros continentes como a Ásia, em cujo DNA há uma menor presença desta substância.
Aparentemente, esta singularidade genética dos europeus é uma herança da pré-história, quando tiveram que sobreviver a longos e duros invernos, e o consumo dos alimentos e bebidas com muitas calorias era um recurso importante para conseguir dita sobrevivência em um ambiente extremamente frio.
Fonte: Terra

Açúcar é antinutriente diz nutricionista.
A dependência pelo açúcar pode ter mais de um tipo de causa.
De acordo com a nutricionista funcional Silvia Regina Serra, quando a pessoa sente uma vontade muito forte de comer doce logo após o almoço, pode ser que ela tenha resistência insulínica, quando o organismo pede mais açúcar no sangue. Se a necessidade de comer doce é mais no período da tarde, geralmente é por causa dos baixos níveis de serotonina. “Agora se a pessoa sente vontade de comer doce toda hora, o dia todo, como se fosse uma compulsão, pode ser fungos no organismo, principalmente no intestino”, diz.
De acordo com a nutricionista, quem é dependente de açúcar sente muita dificuldade de tirá-lo de sua dieta. Neste caso, a mudança de hábito alimentar precisa ser gradativa, diz a nutricionista, lembrando que o açúcar é comprovadamente um antinutriente, que além de não fazer bem algum para a saúde, dificulta a absorção de minerais, vitaminas, etc.
”Dificilmente uma pessoa viciada em doce consegue tirar o açúcar de uma vez de seus alimentos. Se tirar e, não der uma suplementação, pode-se entrar numa espécie de abstinência: sente dores de cabeça, ansiedade, libera cortisol e se desespera”, comenta Sílvia Regina.
Ainda, segundo a profissional, a prática de atividade física regular é um bom caminho para aqueles que desejam estimular a produção de serotonina – mesmo hormônio liberado pelos consumidores de doces. ”Todo excesso é prejudicial, as pessoas podem utilizar cereais, frutas, geleias sem açúcar, mel de flor de laranjeira, flor de eucalipto, entre outros produtos que substituem o açúcar branco (refinado)”. (F.B.)
Fonte: FOLHA DE LONDRINA – PR

Frutas, amigas da beleza.
Como a maioria dos alimentos de cor alaranjada, o pêssego é rico em betacaroteno, também possui vitaminas A, C e do complexo B, minerais como potássio e fósforo. Além de proteger a saúde dos olhos e o sistema imunológico, ainda deixa a pele, cabelos e unhas mais lindos e bem cuidados, dando assim uma forcinha para a beleza.
Rica em betacaroteno, a provitamina A, tem a função antioxidante. Esta substância é considerada provitamina porque ela se transforma em vitamina no organismo. A vitamina A é essencial para a saúde da pele, dos olhos e das mucosas.
Apresenta em sua composição antioxidantes, incluindo a vitamina E, que agem no sistema circulatório reduzindo o colesterol no sangue.
A banana, por seu alto teor de potássio e nutrientes, revigora o corpo e ajuda a reparar o cansaço.
O abacate é ótimo para deixar pele e cabelo mais macios e protegidos do ressecamento. Além disso, é riquíssimo em vitamina E, o que ajuda na prevenção do envelhecimento da pele (rugas).
O abacaxi é um excelente aliado do abdômen porque é rico em bromelina, uma enzima com alto poder digestivo que auxilia no processamento dos alimentos.
O cacau contém polifenóis, que retardam o envelhecimento, aumentam o fluxo sanguíneo da pele e promovem a hidratação, além de reduzir a aspereza e a descamação. Prefira sempre o amargo.
Rico em antioxidantes, o morango é um ótimo aliado no combate ao envelhecimento da pele e, além disso, ajuda a prevenir o aparecimento de manchas e rugas.
Auxiliando na limpeza do organismo e na manutenção do peso, a fruta contém nutrientes importantes, como potássio, ferro, vitamina K e antioxidante.
Rica em betacaroteno, deixa a pele mais macia e é extremamente nutritiva.
Um dos maiores benefícios dessa fruta é o seu poder antioxidante. O açaí também ajuda a exterminar problemas de pele, como acne, dermatite atópica e rugas faciais causadas pela exposição solar. O ferro presente em grande quantidade no açaí evita a queda de cabelo e unhas quebradiças.
Possui uma quantidade enorme de vitamina C, fundamental para a produção de colágeno, evita rugas, ajuda na manutenção de ossos e dentes saudáveis.
A hortelã combate a caspa e a oleosidade do cabelo.

Corpo é mais vulnerável à infecção em determinada hora do dia.
New York
Estudo realizado por cientistas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, diz que a hora do dia pode ser um fator de risco importante para o organismo desenvolver uma infecção. A explicação seria a alteração numa proteína essencial ao sistema imune e que sofre interferência do relógio biológico do corpo. A pesquisa, publicada na revista científica “Immunity”, mostrrou o momento em que a infecção piora, e pode ajudar a desenvolver medicamentos mais eficazes para reforçar as defesas das células.
Plantas, animais e mesmo bactérias passam por uma rotina diária de 24 horas, o ritmo circadiano. O jet lag, por exemplo, é o que acontece quando o corpo fica fora de sincronia com o ambiente depois de cruzar fusos horários. E já se sabe que ocorrem variações no sistema imune ao longo do dia. O estudo americano tentou investigar mais detalhadamente este fenômeno para melhorar a ação das defesas celulares. Então os cientistas foram pesquisar uma das proteínas envolvidas no processo de detecção de invasores, como o receptor nove (TLR9), capaz de reconhecer o DNA de bactérias e vírus. No laboratório, quando houve pico na atividade da TLR9, os roedores apresentaram melhor resposta imune, comentaram os cientistas.
Em humanos com sepse, a intoxicação do sangue, há maior risco de morte entre 2h e 6h. E nos testes com os animais, a gravidade da sepse coincidiu com as mudanças na atividade da TLR9.
— Encontramos um link direto molecular entre os ritmos circadianos e o sistema imunológico, que pode ter implicações importantes para a prevenção e o tratamento da doença. Parece que as interrupções do nosso relógio biológico interferem na nossa suscetibilidade a micro-organismos nocivos — diz o pesquisador Erol Fikrig, que conduziu o estudo na Universidade de Yale.
Isto pode significar que as drogas precisam ser dadas em determinadas horas do dia para atuarem de forma mais eficaz. Outra ideia é desenvolver fármacos que possam acionar o relógio do corpo para colocar o sistema imunológico em sua fase mais ativa.
Fonte: O GLOBO

Pesquisa: regra das oito horas de sono pode ser ‘mito’
Dados científicos e históricos sugerem que a recomendação de oito horas ininterruptas de sono por dia pode ser baseada em um mito. Segundo especialistas, o processo biológico natural prevê um sono segmentado em duas partes, mas o padrão foi aos poucos sendo alterado por transformações sócio-culturais.
No início da década de 90, o psiquiatra Thomas Wehr realizou uma experiência na qual um grupo de pessoas ficou em um ambiente escuro durante 14 horas por dia em um período de um mês. Os voluntários precisaram de um tempo para regular o sono mas, na quarta semana, eles apresentaram um padrão de sono muito diferente: eles dormiam por quatro horas, acordavam durante uma ou duas horas e depois dormiam por mais quatro horas.
Além desta pesquisa, em 2001, o historiador Roger Ekirch, da Universidade Virginia Tech, publicou um estudo depois de 16 anos de estudo que revelou várias provas históricas de que o sono humano é dividido em dois períodos. Quatro anos depois, Ekirch publicou o livro At Day’s Close: Night in Times Past (“No Fim do Dia: A Noite no Passado”, em tradução livre), que mostra mais de 500 referências a um padrão de sono segmentado, em diários, registros jurídicos, livros médicos e literatura, desde a Odisseia, de Homero, até um relato antropológico a respeito de tribos modernas da Nigéria.
Estas referências descrevem um primeiro período de sono que começava cerca de duas horas depois do anoitecer, seguido de um período em que a pessoa ficava acordada por uma ou duas horas e então um segundo período de sono. “Não é apenas um número de referências, é a forma como é relatado, como se fosse de conhecimento de todos”, disse Ekirch.
Atividade noturna
Na experiência de Wehr, durante o período de duas horas em que as pessoas ficavam acordadas, havia atividade. Estas pessoas se levantavam, iam ao banheiro ou fumavam e algumas até visitavam os vizinhos. A maioria das pessoas ficava na cama, lia, escrevia ou rezava. Vários livros de orações do final do século 15 traziam preces especiais para as horas entre os períodos de sono.
Estas horas nem sempre eram solitárias, as pessoas geralmente conversavam ou tinham relações sexuais. Um manual médico da França do século 16 até aconselhava os casais que a melhor hora para conceber um filho não era no final de um longo dia de trabalho, mas “depois do primeiro sono”.
Ekirch descobriu em sua pesquisa que as referências ao primeiro e segundo sono começaram a desaparecer no final do século 17. Isto começou nas classes sociais superiores do norte da Europa e nos 200 anos seguintes se espalhou para o resto da sociedade ocidental. E, por volta da década de 20, a ideia do primeiro e segundo sono já tinha desaparecido.
O pesquisador atribui esta mudança à melhoria na iluminação pública, na iluminação doméstica e a um aumento do número de cafeterias, que, em alguns casos, ficam abertas a noite inteira. A noite se transformou em um período de atividade normal e o tempo de descanso diminuiu.
Noite, crime e luz
O historiador Craig Koslofsky, tem uma explicação para como a noite mudou, em seu liro Evening’s Empire(“Império da Noite”, em tradução livre). “Antes do século 17, as associações feitas com a noite não eram boas”, afirmou o historiador. Segundo Koslofsky, a noite era um período ocupado por criminosos, prostitutas e bêbados.
“Mesmo os ricos, que podiam pagar pela luz das velas, tinham coisas melhores nas quais gastar o dinheiro. Não havia prestígio ou valor social associados à noite.” Mas, tudo começou a mudar na época da Reforma e da Contra Reforma, no século 16, quando protestantes e católicos começaram a participar de cerimônias noturnas.
Esta tendência se espalhou pela esfera social, mas apenas para aqueles que tinham dinheiro para pagar por velas. Mas, com o início da iluminação pública, as atividades noturnas começaram a se espalhar por todas as classes. Em 1667, Paris se transformou na primeira cidade do mundo a ter luzes nas ruas. Lille ganhou sua iluminação com velas no mesmo ano e Amsterdã, dois anos depois. Londres ganhou suas luzes em 1684 e, no final daquele século, mais de 50 grandes cidades da Europa contavam com iluminação noturna.
A noite virou moda e passar estas horas na cama era visto como perda de tempo. E, segundo o pesquisador Roger Ekirch, a Revolução Industrial intensificou ainda mais este processo. Um livro médico de 1829 pede que os pais obriguem suas crianças a não seguirem o padrão do primeiro e segundo período de sono, por exemplo.
Preferência
Nos dias de hoje a maioria das pessoas parece ter se adaptado ao padrão de oito horas ininterruptas de sono, mas Erkich acredita que muitos problemas do sono podem ter suas raízes na preferência natural do corpo humano por um período de sono dividido em períodos. E também à popularização da iluminação artificial.
Esta parece ser a raiz do problema que acomete muitas pessoas que acordam durante a noite e não conseguem voltar a dormir. “Na maior parte da evolução nós dormimos de uma certa forma. Acordar durante a noite é parte da fisiologia normal humana”, afirmou o psicólogo do sono Gregg Jacobs.
A ideia de que precisamos dormir em um único período pode ser prejudicial à saude, segundo Jacobs, caso as pessoas que acordem à noite fiquem ansiosas. “Muitas pessoas acordam durante a noite e entram em pânico. Digo a elas que isto é apenas uma volta ao padrão de sono segmentado”, disse o neurocientista especialista em relógio biológico da Universidade de Oxford Russell Foster.
Mas, a maioria dos médicos não reconhece que o sono ininterrupto de oito horas pode não ser natural. “Mais de 30% dos problemas de saúde relatados por médicos têm origem direta no sono. Mas o sono tem sido ignorado em treinamentos médicos e existem poucos centros para o estudo do sono”, afirmou Foster.
Fonte: Terra

Fumar maconha antes de dirigir dobra chance de acidentes, diz estudo
Motoristas que fumam maconha até três horas antes de dirigir têm o dobro de chances de causar um acidente do que aqueles que não consumiram álcool ou drogas, segundo um estudo canadense. Os pesquisadores da universidade canadense Dallhouse, em Halifax, sugerem que a maconha prejudica áreas do cérebro necessárias para dirigir com segurança.
Para esta pesquisa, publicada no site da revista British Medical Journal, eles analisaram outros nove estudos anteriores que envolveram cerca de 50 mil pessoas em vários países, envolvidas em acidentes sérios ou fatais. Estes trabalhos anteriores haviam analisado colisões entre veículos, incluindo caminhões, carros, motos e furgões em vias públicas que envolveram o consumo de maconha.
Os pesquisadores ressaltam que o impacto do consumo leve da droga em pequenos acidentes não está claro.
Maconha x álcool
Mark Asbridge, autor do estudo e professor do departamento de saúde comunitária e epidemiologia da universidade de Dallhouse disse que “nossas conclusões jogam uma luz sobre a grande quantidade de pesquisa disponível sobre a maconha e os riscos de colisão ao volante”. “Elas ainda dão apoio às políticas existentes em vários lugares que restringem o direito de dirigir sob o efeito da maconha”, completa.
Os estudos realizaram testes de sangue para detector o nível de THC, ou a substância ativa da maconha, ou usaram relatos diretos de envolvidos admitindo o uso da droga. O estudo canadense cita uma pesquisa feita no ano 2000 na Escócia entre 537 motoristas, na qual 15% dos entrevistados entre 17 e 39 anos de idade admitiram ter consumido maconha até 12 horas antes de dirigir.
Já uma pesquisa feita pelo Centro de Monitoramento Europeu para Drogas e Vício em Drogas em 2008 sugeriu que entre 0,3% e 7,4% dos motoristas que realizaram testes para detectar o consumo de maconha em estradas da Grã-Bretanha, Dinamarca, Holanda, EUA e Austrália testaram positivo.
Mas os pesquisadores concluíram que, apesar do risco da maconha, este ainda seria menor do que o do álcool para os motoristas.
Fonte: Terra

Apenas 30% dos cânceres vêm de genes herdados.
Nesta segunda-feira, o pai do ator Reynaldo Gianecchini, 38, que faz tratamento contra um câncer linfático, morreu em consequência de um tumor no pâncreas.
O caso do pai, que tinha 72 anos, e do filho enfrentando a doença ao mesmo tempo pode indicar um componente hereditário da doença.
Mas só uma minoria dos tumores têm causas hereditárias. De acordo com o oncologista Bernardo Garicochea, coordenador da unidade de aconselhamento genético do Hospital Sírio-Libanês, só 30% dos tumores são determinados por um conjunto de genes herdados da família.
Do total, em torno de 5% estão ligados a mutações específicas. Os médicos já conhecem algumas dessas mutações em trechos de DNA definidos. As mutações nos genes chamados de BRCA1 e 2, por exemplo, estão fortemente ligadas a tumores de mama, ovário, pele e pâncreas.
Quem tem esse tipo de mutação carrega o que os médicos chamam de síndrome. A de Lynch, por exemplo, causa tumores no intestino. Outras, como a de Li-Fraumeni, dão origem a vários tipos de tumor na mesma família.
“O médico pode analisar o padrão de tumores que ocorre na família e pedir um teste genético para identificar a síndrome”, afirma o médico.
Testes desse tipo só estão disponíveis na rede privada. Para saber quais são os pacientes que precisam desse tipo de teste, os médicos observam alguns sinais: o número de pessoas na família que tiveram câncer; o número de familiares que tiveram o mesmo tipo de tumor; se há pessoas em que a doença apareceu cedo (câncer de mama antes dos 40 anos, por exemplo) e se uma pessoa teve dois tipos diferentes de tumor em seguida ou em dois lados do corpo de forma independente.
“Achando o defeito genético no doente, procuramos o mesmo defeito nas outras pessoas. É como uma lista telefônica, você já sabe em que página está o que você procura”, afirma Goricochea.
Etnia
Pertencer a alguns grupos étnicos também pode aumentar o risco de desenvolver determinados tumores.
Segundo a geneticista Fernanda Teresa de Lima, responsável pelo serviço de oncogenética do hospital Albert Einstein, descendentes de judeus ashkenazi (da Europa Central ou Oriental), têm maior risco de carregar as mutações no BRCA1 e 2.
Garicochea lembra também que os negros têm risco maior de tumor de próstata e devem ser acompanhados mais de perto quando aparece algum caso na família.
Pevenção
Quando os médicos encontram um caso de risco, é possível tomar medidas preventivas, de acordo com a síndrome que a pessoa tem.
Uma das principais providências é aumentar a frequência de exames periódicos, como colonoscopias, mamografias e testes para tumor de próstata, dependendo da região do corpo que estiverem risco. Oaumento da atividade física também é uma estratégia importante.
Alguns remédios podem ser usados para evitar tumores. O tamoxifeno, que interfere na atividade do hormônio feminino estrogênio, por exemplo, reduz o risco de câncer de mama. A aspirina, em doses baixas, pode prevenir o tumor de intestino.
Em casos de alto risco, o médico pode recomendar uma cirurgia preventiva, como a retirada parcial ou total das mamas, do intestino ou da tireoide, por exemplo.
Goricochea diz que, apesar de não haver motivo para pânico, a ocorrência de câncer em parentes deve ser investigada. “É importante traçar o histórico familiar. Algumas pessoas acham que não têm muitos casos na família mas, quando vão investigar, acabam descobrindo.”
Fonte: Folha.

Zika: pesquisadores brasileiros se reúnem para discutir formas de combate ao vírus
Encontro destacou necessidade de desenvolver um exame sorológico capaz de identificar a presença de anticorpos contra o vírus Zika
Na última terça-feira (16), 50 pesquisadores se reuniram na sede da FAPESP para discutir estratégias para o combate ao Zika Virus. Um dos pontos mais destacados pelos pesquisadores foi a necessidade de desenvolver um exame sorológico capaz de identificar, em poucas horas, a presença de anticorpos contra o vírus Zika em amostras de sangue. Esse tipo de teste é capaz de mostrar se um indivíduo já foi infectado pelo vírus mesmo após passada a fase aguda da doença. Os testes sorológicos hoje disponíveis podem dar um resultado falso-positivo caso o indivíduo já tenha sido infectado pelo vírus da dengue, pertencente à mesma família dos flavivírus.
Tal ferramenta, segundo os cientistas, é essencial para responder a outras questões estratégicas para qualquer plano de ação: qual é exatamente o tamanho da epidemia (discriminando casos de dengue e Zika com mais precisão, tanto dos surtos atuais como passados)? Qual é a porcentagem de gestantes no grupo de infectados? E, entre as gestantes, quantas terão bebês com problemas neurológicos decorrentes da infecção congênita?
De acordo com os especialistas, até o momento já houve um avanço na realização de uma reação sorológica conhecida como Western-blot, onde foi identificado um padrão específico do vírus Zika, sem cruzar com o vírus da dengue. Os pesquisadores ainda trabalham com o antígeno bruto do vírus. O resultado deverá ficar melhor quando obterem acesso a antígenos recombinantes, que são mais puros e mimetizam melhor as condições existentes no organismo.
“Nós temos apenas fragmentos de informação e precisamos montar o todo. Qual é o tamanho dessa epidemia? Enquanto não respondermos esta pergunta, todo o resto vai ser um trabalho deducionista”, disse Eduardo Massad, pesquisador da Faculdade de Medicina da USP que vem trabalhando com modelos matemáticos para tentar estimar os impactos da epidemia no Estado de São Paulo e no país.
Próximos passos
De acordo com os estudiosos do instituto da Criança do Hospital das Clínicas da USP informaram que por se tratar de uma infecção congênita ainda desconhecida, são necessários estudos clínicos, com um componente assistencial, para melhor caracterização dos sinais e sintomas e para entender, por exemplo, por quanto tempo o organismo excreta o vírus e se há transmissão via leite materno. Além disso, é necessário estudar as características imunológicas das gestantes, pois influenciam na excreção do vírus e no potencial de infecção no feto
Na avaliação do do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), também é preciso entender a relação entre o perfil genético dos bebês e a resposta imune desencadeada pelo vírus pode alavancar estratégias para o desenho de tratamentos e de uma vacina.
Mayana Zatz, coordenadora do Centro de Pesquisas sobre o Genoma Humano e Células-tronco (CEGH-CEL), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP, ressaltou a necessidade de descobrir se há fatores genéticos que podem tornar os bebês mais suscetíveis a sofrer danos neurológicos após a infecção pelo vírus Zika, bem como identificar marcadores que indiquem os indivíduos com propensão a desenvolver quadros mais graves da doença.
“Estamos acompanhando casos de gêmeos de mães infectadas pelo Zika em que apenas um dos irmãos nasceu com microcefalia. É preciso estudar os casos (de microcefalia) já confirmados para descartar se não são resultados de outras alterações genéticas não relacionadas ao vírus”, avaliou Zatz.
Fonte: Minha Vida

Brasil desenvolverá teste para detectar Zika vírus no sangue para doação
O plano é que os testes NAT, que já identificam o HIV e hepatites B e C, também consiga diferenciar o Zika vírus
Ministério da Saúde pretende incluir o Zika vírus no teste NAT, teste de DNA usado atualmente para detectar os vírus HIV e da hepatite B e hepatite C nas bolsas de sangue doados nos hemocentros nacionais. O desenvolvimento do novo teste NAT será feito pelo Laboratório Biomanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que já são os criadores do teste anterior.
A ação contará com o apoio dos Estados Unidos para dar maior rapidez aos processos de registro, em uma parceria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com a FDA (Administração de Comidas e Drogas, órgão dos Estados Unidos que regula novos medicamentos, testes e alimentos).
O acordo foi firmado após a Reunião Bilateral Brasil-EUA Fortalecimento da Cooperação para a Resposta à Epidemia do Vírus Zika, ocorrida na última sexta-feira (19). Além dessa colaboração, será formado um comitê para dar continuidade no desenvolvimento de pesquisas para diagnóstico, controle, vacina e tratamento contra o Zika vírus.
Transmissão por sangue na mira dos estudiosos
Há algum tempo os casos de transmissão de Zika vírus pelo sangue estão sendo observados pelas autoridades brasileiras. Por enquanto, dois casos de transmissão via transfusão de sangue do Zika vírus foram confirmados no Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), mas nenhum dos pacientes apresentou sintomas.
Tanto que um projeto da Fundação Pró-Sangue/Hemocentro de São Paulo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), já conseguiu desenvolver um método que detecta a presença do Zika vírus no sangue usado em transfusões.
A ideia é usar esse método na triagem de bolsas de sangue que serão usadas em gestantes ou transfusões intrauterinas (ou seja, em que o sangue é transferido direto para o feto). Isso equivale a cerca de 0,16% do estoque do banco de sangue. A técnica já começou a ser usada no Hemocentro de São Paulo após o Carnaval.
Fonte: Minha Vida

Conheça sete cuidados do treino para quem tem alergia respiratória
Use essas dicas para combater a falta de ar e as crises alérgicas
Para afastar crises de alergia respiratória, não basta seguir a prescrição de medicamentos. Os exercícios físicos fortalecem a musculatura respiratória, ajudando na expansão pulmonar, e o sistema imunológico, afastando gripes e resfriados.”Além de treinar, vale ficar de olho em alguns cuidados e evitar os gatilhos mais comuns para as crises alérgicas, como a poluição e o pólen, no caso de quem treina ao ar livre, e o ar condicionado – problema comum entre os alunos de academia”, afirma a alergologista Yara Arruda Mello, do Hospital e Maternidade São Luiz. Veja, a seguir, como usar os exercícios para respirar melhor.
Treine pela manhã
Logo cedo, a concentração de poluentes é menor. Isso porque o trânsito durante a madrugada é bem menos intenso e o ar está mais úmido, então as partículas tóxicas não permanecem em suspensão na atmosfera, como em dias secos. “É muito importante diminuir a exposição indesejável à poluição, principalmente para o paciente com alergias respiratórias, como asma e rinite”, afirma o alergologista Marcelo Vivolo Aun, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia da regional de São Paulo (ASBAI-SP). Outra vantagem deste horário é a menor radiação ultravioleta do sol, em especial até as 10h da manhã.
Cuidado com o ar condicionado
O ar condicionado, em si, não é prejudicial a pessoas com alergia. O aparelho resseca e resfria o ar do ambiente, diminuindo a população de ácaros da poeira e fungos, que gostam de ambientes quentes e úmidos. O problema acontece quando os filtros deixam de ser limpos, acumulando as partículas que causam alergia. Mas se o ressecamento começar a incomodar suas narinas e a garganta, vale a pena deixar uma garrafinha de água por perto e se hidratar ao longo do dia.
Cloro
A natação é, em geral, muito benéfica para o paciente com alergia respiratória, mas o cloro pode causar irritação na mucosa do nariz e nos olhos – isso é raro e, normalmente só acontece quando as quantidades de uso superam a recomendação. “Nesses casos, a piscina tratada com ozônio, em vez de cloro, é uma boa opção”, afirma o alergologista Marcelo Vivolo. Outro cuidado é lavar os olhos e o nariz com solução fisiológica após deixar a piscina.
Pólen
O pólen é um dos principais causadores de alergias respiratórias, principalmente em países de clima temperado. No Brasil, essa relação aparece mais na região sul, onde o clima é mais frio e a diferença entre as estações do ano, maior. “Também vale optar fazer exercício pela manhã, quando as partículas estão menos dispersas pelo ar”, diz Yara Arruda. Para quem mora no sul ou em regiões mais frias, vale optar por exercícios em locais fechados.
Equipamentos da academia
Todo colchão (ou colchonete), carpete, tapete, cortina, tanto de casa como da academia, acaba se tornando um grande reservatório de ácaros e poeira. “O contato próximo, principalmente em exercícios nos quais o rosto está próximo ao colchonete, pode desencadear sintomas de rinite, conjuntivite alérgica ou asma nesses pacientes”, afirma Marcelo Vivolo. Uma solução é higienizar os colchonetes com álcool e certificar-se da higiene da academia.
Lugar certo
Em cidades grandes, a exposição à poluição é inevitável. “Mas não deixe de fazer atividade física por causa da poluição, os benefícios do treino superam os inconvenientes”, afirma Marcelo Vivolo. Para contornar o problema, prefira locais mais arborizados, antes das 8h ou após as 20h e em horários mais úmidos, quando a poluição no ar é menor. Em dias muito secos, opte por exercícios em ambientes fechados.
Frio
Quem é alérgico sabe que os sintomas costumam aparecer ou se agravar em dias frios ou quando ocorrem mudanças bruscas de temperatura. A alergologista Yara explica que a temperatura atua no componente vasomotor do nariz, que responde com diminuição dos vasos (quando está frio) ou aumento deles se a temperatura sobe demais.” Uma inflamação surge em resposta a essa alteração dos vasos e, se o nariz for previamente sensível, pode deflagrar a congestão e o gotejamento nasal.” No frio, vale vestir mais casacos que o habitual nesses dias, mas o mais importante é fazer um bom aquecimento no início da atividade física e usar uma roupa adequada à temperatura, sem exageros para mais ou para menos.
Fonte: Minha Vida
